da vegas cassino: Acadêmicos e lideranças negras contestam, nas redes sociais, umartigodo antropólogo baiano Antonio Risério publicado na Folha de S.Paulo com o título "Racismo de negros contra brancos ganha força com identitarismo".

da Cassino em Navios: Ao se referir à realidade estadunidense, Risério argumenta que negros praticam racismo contra brancos. Acusa ainda a esquerda, o movimento negro e a imprensa de reproduzir um "projeto supremacista" cujas vítimas seriam os não-negros.

::Ataque a podcaster por abrir vaga a negras e indígenas reacende debate sobre ações afirmativas ::

"O dogma reza que, como pretos são oprimidos, não dispõem de poder econômico ou político para institucionalizar sua hostilidade antibranca. É uma tolice. Ninguém precisa ter poder para ser racista, e pretos já contam, sim, com instrumentos de poder para institucionalizar o seu racismo", defende Risério.

O advogado e professor de direito Thiago Amparo foi uma das personalidades ligadas ao debate público sobre diversidade a contestar a tese construída pelo antropólogo:

Ana Flávia Magalhães Pinto, professora de história e ativista dos movimentos negro e de mulheres negra, também criticou a veiculação do artigo:

Militante da Coalização Negra por Direitos, Douglas Belchior chamou Risério e a Folha de S.Paulo de racistas e convocou pessoas brancas antirracistas a se posicionarem contra o teor do artigo:

Subindo a tom da crítica, a artista e militante doMovimento Sem-Teto do Centro (MSTC) Preta Ferreira fez uma série de tweetsem que afirmou que racismo reverso não existe:

O espaço dado pela Folha ao antropólogo foi alvo de críticas dofilósofo, advogado tributarista e professor universitário Silvio Almeida:

Entre as personalidades que descontruíram a tese de "supremacismo negro", está a repórter da própria Folha de S.PauloVictoria Damasceno:

Para Chico Alves, jornalista e colunista do UOL,dados sobre a realidade social brasileira são suficientes para encerrar o que chamou "falsa polêmica".

"Segundo o IBGE, entre os 10% mais pobres do Brasil, 75% são negros. Pela mesma fonte, negros também têm supremacia nos empregos informais – 47%, contra 34% dos brancos.População preta e parda é maioria também entre os que não têm acesso a esgoto: 42,8% contra 26,5%", escreveu.

Edição: Raquel Setz

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